Colírios sem prescrição podem piorar doenças


A OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta o Brasil como o quinto maior consumidor de medicamentos do mundo e quando o assunto é a saúde dos olhos a situação não é diferente. De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, no verão quatro em cada dez pacientes chegam à consulta usando colírio indicado por um amigo ou com base em uma prescrição anterior, mesmo que tenha sido feita para outra pessoa da família. No restante do ano estudos realizados pelo médico mostram que o índice fica em três para cada dez pacientes. “O brasileiro não vê colírio como remédio porque todas as fórmulas lubrificam. Mesmo que causem ardência ao entrar em contato com o olho, acabam melhorando o conforto visual momentaneamente”, afirma.
O problema, comenta, é que o alívio é muito rápido e as pessoas acabam exagerando no número de aplicações. Resultado – quanto mais pingam o colírio maior é o desconforto decorrente da concentração e toxidade dos conservantes. O uso indiscriminado e contínuo pode causar graves problemas na visão. Os principais são: catarata e glaucoma (quando a fórmula contém corticoide), ou somente catarata quando é usado um vasoconstritor, indicado para deixar o olho branquinho.

Fonte: Muritiba Notícias / Postado por Alexandre Matos
14 de Março de 2012