O ex-vocalista da extinta banda New Hit, Eduardo Martins, “o Dudu”, prestou depoimento no Fórum de Ruy Barbosa na tarde desta terça-feira (17). Mais uma vez ele negou ter estuprado as adolescentes, ambas de 16 anos, que acusam o músico e outras nove pessoas de terem cometido o crime. O jovem confirmou a história contada no dia do suposto estupro e utilizou o direito constitucional de permanecer em silêncio. Dudu voltou a dizer que é inocente. “Não estuprei ninguém. Mantive relação consensual com uma fã. Elas querem acabar com a minha vida e minha carreira”, afirmou.
Além do cantor, foram ouvidos pela juíza Márcia Simões o ex-produtor do grupo, Jefferson Pinto dos Santos, os dançarinos Alan Aragão Trigueiros e Guilherme da Silva, o policial militar Carlos Frederico, reconhecido pelas jovens como segurança da banda, e o percusionista John Ghendow. O advogado de Alan, Antônio Leite Matos, disse que o seu cliente não manteve relações sexuais com nenhuma das jovens, e que apenas se masturbou “diante de uma sessão de sexo explícito”.
A promotora Marisa Jansen afirmou que confia na condenação dos suspeitos. Segundo ela, toda a investigação feita aponta para a veracidade do que foi dito pelas garotas. Além disso, a promotora confirmou a informação de que o sêmen de seis integrantes do ex-grupo musical foi encontrado nas roupas utilizadas pelas jovens, material que foi periciado e anexado ao processo.
Já o advogado Antônio Leite Matos, que defende cinco réus, informou que eles estão muito tranquilos e que confia na absolvição de todos. Representantes da Marcha das Mulheres estiveram no local, pela manhã, pedindo a condenação dos artistas. Um pequeno grupo de fãs também compareceu ao fórum para prestar apoio ao grupo, que teve de almoçar no local, por questões de segurança. As audiências terão continuidade nesta quarta e quinta-feira (18 e 19).
O show da New Hit em Ruy Barbosa foi realizado no dia 26 de agosto de 2012. O processo foi ajuizado no dia 24 de setembro de 2012. Os músicos ficaram presos 38 dias e foram soltos em 3 de outubro, após pedido de habeas corpus dos advogados de defesa.
