Mais de 500 agências bancárias são fechadas na Bahia, diz sindicato


No primeiro dia da greve dos Bancários, trabalhadores de bancos públicos e privados cruzaram os braços em 543 agências de todo o Estado. O número já é maior do que o do ano passado, quando 380 unidades ficaram sem atendimento. O balanço foi feito pelo sindicato da categoria, que definiu a paralisação por tempo indeterminado na noite da última quarta-feira (18), durante assembleia realizada no bairro dos Aflitos. Entre aquelas que compõem a base do sindicato, 240 agências públicas e privadas ficaram fechadas nesta quinta. Em 2012, foram 145. Para as lideranças, os dados mostram a vontade da categoria em arrancar as conquistas efetivas da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

A categoria reclama da "intransigência" dos empresários. Segundo os bancários, nas mesas de negociação eles negaram os principais itens da pauta de reivindicações e, ofereceram 6,1% de reajuste salarial. Os trabalhadores reivindicam aumento de 11,93%, sendo 5% de aumento real, maior participação sobre lucros e resultados e "fim das metas abusivas", exigências de mínimo de venda de produtos do banco por seus funcionários. Ainda, pedem um piso salarial de R$ 2.860,21, valor calculado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) como sendo o mínimo para que o trabalhador possa pagar suas despesas básicas e de sua família.

“A adesão neste ano começou maior do que a de 2012, o que mostra que os trabalhadores estão unidos para conquistar aumento real, PLR, piso e vales maiores, além de contratações para melhorar as condições de trabalho”, destaca o presidente do Sindicato da Bahia, Euclides Fagundes.

Sábado, 21 de setembro de 2013