Seleção Brasileira:
De broncas a golaços
O elenco levou bronca pública de Luiz Felipe
Scolari e não convenceu nos dois amistosos preparatórios que fez. Sinal de
alerta? Ontem, pela primeira vez desde que iniciou a preparação para a Copa, o
time foi outro. Com tabelas, boas jogadas e êxito na bola parada, Neymar e
companhia teriam feito melhor treino até agora.
O Brasil conseguiu criar as jogadas que
faltavam e, durante 1h30min de treino, atacou de diferentes maneiras. O time
titular venceu por 4 a 0 e ainda fez dois outros gols em repetições treinadas
por Scolari.
David Luiz inaugurou o placar de cabeça, Hulk
fez 2 a 0 em um belo contra-ataque, Fred ampliou abrindo espaço entre os
zagueiros e Marcelo completou, de voleio, após uma tabela com Neymar.
A variedade de jogadas e o bom rendimento de
várias peças diferentes a três dias da estreia são um bom sinal para um time
que pareceu muito dependente de Neymar há uma semana. Oscar, Fred e
principalmente Paulinho, que não estavam bem, melhoraram de produção e
conseguiram ajudar a equipe a render melhor.
Não faltou intensidade ao treino da seleção.
As jogadas foram tão firmes que Neymar, Bernard e Maicon em diferentes
momentos, deram sustos na comissão técnica e na imprensa.
Centro
de mídia atende imprensa que cobre a Copa
Todos os jornalistas e radialistas que forem
para o Rio de Janeiro e não tenham credencial da Fifa vai poder trabalhar no
chamado Centro Aberto de Mídia. Batizado com o nome de João Saldanha, radialista,
jornalista e técnico de futebol, o local no Forte da Urca foi anunciado pela
prefeitura do Rio de Janeiro como impecável para quem quer viver o ambiente da
Copa do Mundo na Cidade Maravilhosa (manifestações incluídas), mas sem poder
entrar nos locais onde a Fifa tem o domínio. Contudo, o que era para ser bom
começou mal.
A entrevista com os ministros Aldo Rebelo
(Esportes), Marta Suplicy (Cultura), o governador Luiz Fernando Pezão, o
secretário de comunicação da presidência Thomas Traumann e o presidente da
RioEventos, Leonardo Maciel, foi em um local apertado onde imprensa do Brasil e do mundo se aglomerou. O
calor na sala era insuportável, e ninguém podia quase se mexer. “Queríamos dar
as melhores condições de trabalho a conforto para vocês, mas parece que
começamos mal”, disse Rebelo, em um golpe de sinceridade.
Traumann explicou porque, no Brasil, um fã de
futebol se chama torcedor. Para quem entendia português, tudo bem, mas a
tradução se enrolou para explicar que é por causa da torcida do Fluminense, que
torcia os lenços durante as partidas da equipe, lá pelos tempos de Charles
Muller, que trouxe as duas primeiras bolas de futebol da Inglaterra para o
Brasil no fim do século 19.
Jogadores
alemães cantam “Hino do Bahia”
Titulares da Seleção Alemã, o goleiro Neuer e
o meio-campista Schweinsteiger caíram nas graças da torcida do Bahia em razão de
um vídeo que circula na internet. Eles apareceram vestindo camisas do Bahia e
cantaram o hino do Tricolor, ontem (9), próximo a concentração de Santa Cruz
Cabrália, sul da Bahia, local onde a Alemanha se prepara para a Copa do Mundo.
Companheiros de equipe do baiano Dante,
torcedor declarado do Bahia, eles também são titulares do Bayern de Munique,
campeão da Liga dos Campeões na temporada 2012/2013 e atual campeão mundial de
clubes. O goleiro Neuer apareceu vestindo uma camisa tricolor da temporada
passada, enquanto Schweinsteiger estava usando uma branca retrô em referência
ao título brasileiro de 1988.
Tricolor
ainda quer um “camisa 9”
Enquanto o técnico Marquinhos Santos se
esforça para armar o time do Bahia sem um atacante de área, a diretoria é que
está em campo nessa pausa da Copa do Mundo. O foco é encontrar o esperado
“camisa 9” e dar mais opções ao treinador.
De acordo com a assessoria de imprensa do
tricolor, há mais 3 jogadores na mira para a posição. Apesar de não revelar nomes,
o Bahia segue a tendência do mercado e busca atletas gringos. São dois
centroavantes argentinos e um paraguaio, que atuam em clubes do exterior. Outra
possibilidade é o brasileiro Amauri, que joga no Parma, da Itália.
O maior entrave na contratação do jogador de
33 anos é o alto salário que recebe na Europa. Apesar de alguns conselheiros
serem a favor da negociação, ainda não houve acordo definitivo. O representante
do jogador, Giampiero Pocetta, informou que o Bahia está ciente do valor mensal
que Amauri recebe para atuar no Parma.
Opinião:
O Bahia
não precisa apenas de um camisa 9 – tem no time e entra em campo quase sempre –
mas joga pouco. O Bahia, assim como Vitória, precisa de homem-gol, aquele que
empurre a bola na rede. Não necessariamente precisa sem um centroavante, mas
sim um goleador. Vários grandes clubes no mundo jogam sem esse atacante, porém
a qualidade dos outros – o que não temos na medida certa nos nossos dois clubes
no Brasileiro – marcam gols ou até muitos gols. Entendo que não temos estrutura
para trazer jogadores inquestionáveis, mas atletas que dão certo assim como
podem dar errado.
Vitória
anuncia primeiro retorno na intertemporada
O presidente Carlos Falcão prometeu contratar
seis ou sete jogadores até o retorno do Brasileiro. O primeiro deles deve
chegar hoje a Salvador. É o volante Adriano. Revelado pelo Santos, Adriano foi
titular no time que conquistou a
Libertadores em 2011 ao lado de Ganso e Neymar.
Em 2013, após problemas na renovação de
contrato, foi negociado com o Grêmio com indicação de Vanderlei Luxemburgo, que
o conhecia dos tempos de Santos. Começou como titular, mas logo perdeu espaço
para Fernando. As seguidas lesões minaram o espaço de Adriano no clube gaúcho.
Este ano, esteve perto de ser anunciado no Coritiba, mas o negócio melou.
Aos 27 anos, o volante tem contrato com o
Grêmio até 2016 e chega por empréstimo até dezembro. No Vitória, o jogador vai
brigar pela posição com Luiz Gustavo, Neto Coruja, Marcelo, José Welisson e
Josa. O clube também está perto de anunciar os retornos de
Kadu e Victor Ramos. Diferenças salariais separam a dupla titular da zaga em
2013 da Toca do Leão.
Ele informou que o Vitória vai receber cerca
de R$ 1,5 milhão da venda de David Luiz do Chelsea para o PSG.
Opinião:
Seria um
volante a carência do Vitória ou quem crie, pense e faça os outros ficarem na
cara do gol? É verdade que entre os antigos “frente de zaga” não há aquele com
corpo avantajado e forte fisicamente, como Neto, o “Coruja”, que, infelizmente
se contunde com facilidade. Mas, acho que Diretoria entende de “bola e futebol
é outra coisa”.
Bola
Redonda,
Yancey
Cerqueira