Edilson, ex-jogador da Seleção Brasileira, foi indiciado por seis crimes após depor na sede da Polícia Federal (PF), em Goiás. Anteriormente, na coletiva que falava sobre o caso, foi divulgado que o ex-atleta havia sido indiciado somente por quatro crimes: corrupção ativa, crime organizado, lavagem de dinheiro e tráfico de influência.
Mas, segundo a nota divulgada pela assessoria da PF nesta quarta-feira, 16, ele foi indiciado por mais dois crimes, estelionato qualificado e quebra de sigilo bancário. O pentacampeão mundial pela seleção brasileira em 2002, é investigado na operação contra fraudes de pagamentos de loterias da Caixa Econômica Federal (CEF).
Edilson "Capetinha", como é conhecido, prestou depoimento, na segunda-feira, 16, na PF de Goiás e negou as acusações. Ele foi acompanhado de dois advogados e um assessor. O depoimento durou mais de 3h, e ele foi ouvido pelo delegado Ricardo Mendes de Mesquita e Duarte.
Ainda conforme a PF, após serem confrontados os depoimentos e periciados os materiais apreendidos, a investigação será concluída e encaminhada ao Ministério Público Federal.
Desventura
A operação apura fraudes no pagamento de prêmios para falsos bilhetes da loteria e foi deflagrada na última quinta-feira, 10, nos estados da Bahia, Goiás, São Paulo, Sergipe, Paraná e no Distrito Federal.
Prêmio não sacados pelos vencedores eram mapeadas pelos criminosos que informavam a gerentes. Estes viabiizavam o pagamento dos prêmios por meio de suas senhas. A PF identificou após um ano de investigação um prejuízo de pelo menos R$ 60 milhões.