Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff fez, na tarde de ontem, um pronunciamento em que se disse inconformada e indignada com a notícia de um suposto acordo de delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e contestou as informações sobre o que teria dito o parlamentar nos depoimentos.
Dilma afirmou que é "absolutamente subjetiva e insidiosa a fala do senador, se [é que] ela foi feita", e considerou descabidos alguns fatos relatados por Delcídio, segundo a revista IstoÉ.
Dilma convocou a imprensa para fazer uma forte defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um dos alvos da 24ª etapa da Operação Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira (4).
No pronunciamento, a presidenta refirmou o teor de nota publicada na tarde de hoje, manifestando "absoluto inconformismo" com a condução coercitiva do ex-presidente e classificando de "desnecessária" a medida.
Pelo menos três citações da revista IstoÉ sobre o suposto depoimento de Delcídio no âmbito da Lava Jato foram contestadas pela presidenta. Dilma negou ter conversado com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, na tentativa de "mudar os rumos" da Lava Jato.
Disse que os esclarecimentos sobre a compra da Refinaria de Pasadena pela Petrobras, em 2014, já foram devidamente prestados, embasados em documentação do Conselho de Administração da Petrobras, e que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, determinou o arquivamento da investigação.