Antonio Imbassahy é ouvido por Moro como testemunha de Argello


O deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB) foi ouvido ontem por videoconferência pelo juiz Sérgio Moro no processo da Lava Jato que apura denúncias de que o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) cobrava propinas de empreiteiros para dispensá-los de falar a duas CPIs da Petrobras em 2014. 

Além de Imbassahy, foram arrolados como testemunha de defesa por Argello os deputados Hugo Leal (PSB-RJ) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), também ouvidos ontem. Na mesma sessão, os executivos da empreiteira OAS permaneceram em silêncio. 

Entre eles, estava o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, cuja negociação de delação foi suspensa na última segunda-feira — após vazamento de informações sobre suposta citação ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), à revista Veja. 

Apesar dos dirigentes da OAS terem ficado em silêncio, foram ouvidos por Moro os executivos Ricardo Pessoa e Walmir Santana, da UTC, que já confessaram, em delação, terem pago R$ 5 milhões a Argello para se livrar da CPI. 

Ambos também são réus no processo da Lava Jato. Vários deputados e senadores que integraram uma das duas CPIs foram chamados a depor, inclusive alguns citados pelo ex-senador Delcídio do Amaral como participantes do esquema. 

Estes são investigados no STF por terem foro privilegiado. Política Livre.

Sexta, 26 de Agosto de 2016