Os olhos sorriam porque a boca precisava gritar. Depois de 19 dias de competições, a Olimpíada do Rio terminou em clima de alto-astral, na noite deste domingo, no estádio do Maracanã, com muita dança, música e espírito de carnaval. Depois de uma irretocável festa de abertura, a cerimônia de encerramento tentou aplacar a saudade já instalada na cidade com a valorização do espírito carioca, ou seja, aquele que, mesmo diante de adversidades, sabe manter o entusiasmo.
Figura emblemática na abertura, o aviador Santos Dumont surgiu novamente na festa deste domingo (para desespero dos norte-americanos que não o aceitam como Pai da Aviação), agora na contagem regressiva de dois momentos: o início da cerimônia e o fim da Olimpíada.
Criador do relógio de pulso, Santos Dumont foi recebido pelo chorinho Odeon, de Ernesto Nazareh. As boas-vindas foram completadas por uma enorme imagem do Pão de Açúcar, desenhada no palco que, por sua vez, trazia as famosas curvas do calçadão de Copacabana. Natureza e ocupação urbana - outra referência da abertura, reafirmada no encerramento: a necessidade de se manter um adequado equilíbrio. A Tarde.