Imbassahy vai ‘pagar as consequências’ por apoiar Temer, acredita Gualberto

Imbassahy vai ‘pagar as consequências’ por apoiar Temer, acredita Gualberto
O deputado federal João Gualberto, presidente reeleito para o PSDB na Bahia, até defendeu o discurso de união no partido, mas não descartou que aqueles que apoiam o governo do presidente Michel Temer (PMDB) devem sofrer as consequências dessa escolha. 

E isso, segundo ele, inclui o ministro da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy. “Eu estava conversando com ele aqui, que ele vai pagar as consequências por isso. 

Mas ele acha que está contribuindo com o Brasil. Embora esteja no Palácio [do Planalto], ele está fora daquela organização criminosa, isso é um fato, ninguém falou nada sobre isso. Paciência. As convicções dele, ele que se responsabilize por elas”, avaliou. 

Questionado sobre quais seriam os possíveis reflexos, ele explicou que a principal resposta deve vir do eleitorado. “Ele está no governo, é claro que isso vai colar nele. Se continuar desse jeito, a consequência é essa. A população identifica Imbassahy como ministro atuante do governo Temer. Eu não participaria desse governo de jeito nenhum, mas ele está participando, paciência. 

Eu não posso mudar isso, já teve uma discussão interna muito grande, mas uma metade não quer que participe, enquanto a outra metade quer que participe”, lamentou. 

Gualberto criticou ainda personagens chave do PSDB, que lideraram o movimento de apoio a Temer, incluindo o senador Aécio Neves – que indicou Imbassahy para o ministério – e o senador José Serra – que teria se “auto indicado” para o Itamaraty. “Eu acho que cada um tem suas convicções. Eu sempre defendi que o PSDB não fizesse parte do governo de Michel Temer. 

Desde que votou o impeachment, quando se discutia sobre a possibilidade de participar, eu e um grupo grande de deputados defendemos que não deveríamos participar, até porque nós não elegemos Michel Temer. 

Ele foi eleito pelo PT, pelo PP, e faz parte daquele grupo de partidos. Infelizmente, fomos voto vencido, os caciques que indicaram os ministros sem ouvir os deputados. 

E a gente continua do mesmo jeito. Se você observar, as votações lá na Câmara são quase uniformes, quem apoia e quem não apoia. Porque o que é importante para o Brasil, a gente vota. 

Não precisa de cargo nem de emendas pra isso", alfinetou. Questionado se essa divisão do partido poderia interferir na situação do diretório estadual, contudo, Gualberto minimizou: 

“Aqui na Bahia está unificado, o Imbassahy faz parte da chapa, teve a mesma participação que na eleição da chapa passada. Aqui está unificado e eu acho que vamos fazer o mesmo no Brasil”. Bahia Notícias.

Domingo, 12 de Novembro de 2017