O julgamento que colocará o povo, representado pelos sete membros do júri popular, versus a médica Kátia Vargas, 49 anos – acusada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) de ter provocado o acidente de trânsito que matou os irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes Dias, então com 21 e 23 anos –, deverá durar dois dias.
Essa é a previsão mínima da juíza Gelzi Maria Souza, que presidirá a audiência marcada para começar às 8h da próxima terça-feira, 5, mais de quatro anos depois do episódio de trânsito entre as partes, na manhã de 11 de outubro de 2013, em frente ao Bahia Othon Palace Hotel, em Ondina.
Diante da enorme repercussão que o caso ganhou nos últimos anos, das 27 sessões realizadas pelo 1º Juízo da 1ª Vara do Júri, o julgamento de Vargas se tornou o mais aguardado de 2017, até pelo perfil incomum da ré: mulher, branca, nível superior, classe média-alta.
Vargas chegou a ser presa em 17 de outubro de 2013, seis dias após o ocorrido, passou 58 dias confinada no Conjunto Penal Feminino, no Complexo Penitenciário da Mata Escura, mas aguarda o julgamento sob liberdade provisória desde a soltura, em 16 de dezembro do mesmo ano.
Os jurados decidirão o veredito por maioria simples de quatro votos, que serão depositados na urna da sala secreta do Fórum Ruy Barbosa (Nazaré), somente depois de ouvidas as dez testemunhas (cinco para cada lado), do interrogatório da ré e dos debates entre a acusação e a defesa. A Tarde.