A defesa do empresário Eike Batista, denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Eficiência, entregou nesta semana as alegações finais na ação penal que corre na Justiça Federal. Nelas, os advogados negaram todas as acusações feitas pelo Ministério Público Federal (MPF) e acusaram a força-tarefa da Operação Lava Jato de fazer uma interpretação "criativa" dos fatos.
Eike é acusado de ter pago US$ 16,5 milhões em propina ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a defesa disse nas alegações que o MPF não foi capaz de provar as acusações contra Eike - uma delas a de pagamento de propina – e pede, além da absolvição, a anulação da ação penal.
Ainda segundo os advogados, a denúncia passa longe do "mundo real" e foi ajuizada de modo precipitado.
"Toda a acusação contra Eike Batista está baseada, unicamente, na posição de gerência de suas empresas, na relação que possui com o empresário Flávio Godinho [também réu na Eficiência], na colaboração dos irmãos Chebar [doleiros que acusam Cabral de ter ocultado US$ 100 milhões no exterior] e, paradoxalmente, em interpretação, data venia, criativa do órgão ministerial, que apresenta fatos que não foram narrados pelos colaboradores e que não podem ser depreendidos das informações por eles prestadas”, argumentam na peça. Bahia Notícias.