Impostos e lucro tornam eletrônicos no Brasil os mais caros do planeta


Levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostra que a carga tributária de produtos eletrônicos vendidos no Brasil estão entre os mais caras do planeta. De olho no potencial de compra de uma parcela da população que ascendeu socialmente na última década, empresas estrangeiras e nacionais têm investido pesado na importação e na fabricação de tablets, smartphones, videogames e gadgets. Entretanto, a carga tributária desses equipamentos passa de 70% do seu valor de prateleira. Reportagem do jornal Correio Braziliense mostra que há casos em que, além das taxas cobradas habitualmente, incidem impostos de importação pesados. Assim, certos produtos de marca conhecida atingem facilmente o seu preço máximo. É o caso da Apple. O iPhone 5 vendido aqui é o mais caro do mundo, e o iPad, o segundo. O celular de 16GB custa US$ 1.030 (R$ 2.299), sendo 63,29% desse valor impostos. Nos Estados Unidos, o aparelho sai por US$ 640. O tablet modelo básico, com 16GB de memória, sai por US$ 791 (R$ 1.649) e as alíquotas chegam a 39,12%. Nos EUA e no Canadá, o preço é influenciado pelo imposto local, que varia conforme o estado ou a província. Sem ele, um iPad básico custa US$ 499 em lojas norte-americanas. O modelo só é mais caro na Argentina (US$ 1.094). O presidente do IBPT, João Eloi Olenike, acredita que essa é mais uma mostra de como a carga tributária excessiva compromete o desempenho da economia. Para ele, os impostos de importação incentivam o consumidor a viajar para fora. “É necessário mudar essa política para que o dinheiro gasto no exterior fique no país. Precisamos de mais competitividade para trazer os fabricantes desses equipamentos para o solo brasileiro”, 

Segunda, 04 de Novembro de 2013