Cachoeira, recebe nesta sexta, 11, e sábado, 12, a primeira edição do Festival de Samba de Roda (FéSamba). O evento louva o tradicional ritmo do Recôncavo baiano com programação bastante diversa. Como não poderia deixar de ser, o samba de roda é a grande estrela do festival e aparece em variadas facetas.
Sexta, 11, a partir das 18 horas, sobem ao palco os grupos Filhos de Nagô, Rita da Barquinha, Filhos de Caquende e Pirombeira, com participação de Roberto Mendes. Já no sábado, 12, os shows serão de Levando o Amor, Gege Nagô, Samba de Roda de D. Dalva, Tati Lima, Barlavento e Bule Bule.
"As diferentes linguagens mostram a diversidade do samba de roda. São sambas diferentes, com outros instrumentos, e cada um tem as suas possibilidades no ritmo", defende o cineasta e produtor Jorge Pacoa.
Ele explica que além da sonoridade típica do Recôncavo, representado pelos grupos cachoeiranos Samba de Roda de D. Dalva e Filhos de Caquende, a programação inclui o samba do sertão do Levando o Amor, de Ipirá, e o samba do Barlavento, influenciado pelo mar e pelos pescadores.
"É muito importante para o Barlavento tocar em Cachoeira, uma das cidades berço do samba de roda. Em 20 anos, é a primeira vez que vamos tocar em praça pública na cidade", conta Hamilton Reis, cantor e fundador do grupo.
Para ele, o samba de roda vive um momento de visibilidade. "Vejo uma valorização em relação há tempos atrás. Mas, por outro lado, as coisas ligadas à cultura popular não vão de uma forma muito profissional, fica no terreiro, na casa das pessoas, não têm uma indústria que cuide dessa vertente. Com o festival estamos caminhando", opina Reis. A Tarde.