O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, indeferiu nesta segunda-feira (15) pedidos do Ministério Público Federal (MPF) e da defesa do ex-presidente Lula para que fossem ouvidas novas testemunhas na ação penal que investiga se há ligação entre o petista e um apartamento triplex, no Guarujá, pertencente à OAS Empreendimentos. Tanto a acusação quanto a defesa queriam que novas testemunhas fossem ouvidas antes da fase das alegações finais do processo.
A defesa do ex-presidente pretendia incluir outras oito pessoas no rol das testemunhas no processo, a maioria já havia sido citada em depoimentos anteriores. “Considerando a quantidade de depoimentos já tomados sobre a reforma do apartamento triplex, não são necessários outros sobre o mesmo assunto”, avaliou Moro.
“Enfim, este Juízo já ouviu muitos depoimentos sobre o apartamento triplex e sobre a reforma dele, não sendo necessários novos a esse respeito. O que se faz necessário, sim, é valorar oportunamente os depoimentos já tomados, juntamente com as demais provas”, disse o juiz em despacho publicado na madrugada de hoje (segunda, 15). Moro ressalta ainda que a defesa de Lula não se preocupou em apresentar identificação completa e o endereço das testemunhas indicadas.
No caso dos três nomes apresentados pelo MPF, o juiz reconheceu que o pedido dos procuradores incluiu a identificação completa e o endereço dos indicados, mas também considerou irrelevantes os depoimentos. “O MPF, diferentemente da defesa de Luiz Inácio Lula da Silva, arrolou a testemunha com endereço, cumprindo com ônus por todos conhecido no processo penal. [...] o depoimento nada agregaria aos vários já tomados sobre a reforma do apartamento tríplex”, justifica.