Ninguém cantou as dores do mar como Dorival Caymmi (1914-2008). Em suas canções, a tristeza e angústia das famílias que perdiam seus entes para as águas. “Quanta gente perdeu seus maridos seus filhos/Nas ondas do mar”, diz em O Mar.
Um dia depois da tragédia da lancha Cavalo Marinho I, que virou 10 minutos após iniciar a travessia entre Mar Grande e Salvador e vitimou 18 pessoas, na última quinta-feira (24), a dor persiste.
Aliás, é até mais forte. Se antes era a dor da perda dos familiares e amigos, agora é a dor da despedida, do amor que, aos poucos, se transformará em saudade.
Uma parte dos que morreram na tragédia, a maior da história recente da Baía de Todos os Santos, foi sepultada na sexta-feira (25), incluindo os corpos das três crianças:
Davi Gabriel Monteiro Coutinho, de 6 meses, e Lucas Medeiros Leão, 2 anos, enterrado junto com a mãe, Tais Medeiros Ramos de Sales, e Darlan Queiroz Reis Julião, 2 anos. Correio.